Na festa de comemoração dos 25 anos da Natal Convention Bureau, realizada no Holiday Inn, o clima festivo deu lugar a um episódio tenso quando um político, de olho em uma candidatura majoritária em 2026, protagonizou uma cena de confronto com o diretor de um importante e respeitado veículo de comunicação. Quem estava próximo ouviu quando o político bradou ataques ao veículo, alegando que o meio de comunicação fazia campanha para seu provável adversário e, por isso, recusaria qualquer entrevista.

Mesmo com a tentativa do diretor de manter o diálogo aberto, reforçando que as portas do veículo estavam à disposição para cobrir suas propostas e ideias, o político reafirmou sua decisão de não conceder entrevistas. O episódio, além de demonstrar a intolerância com o contraditório, expôs um traço preocupante da relação entre política e imprensa: a ideia de que a cobertura jornalística deve servir aos interesses do candidato, e não à sociedade.

Ao buscar votos para uma eleição que ainda se desenha no horizonte, esse político parece confundir poder com autoridade absoluta. A imprensa livre e independente não existe para servir candidatos, mas para informar a população, questionar e dar espaço ao debate democrático. Quem rejeita esse princípio demonstra não apenas fragilidade diante da crítica, mas também uma visão preocupante sobre o papel da mídia e da democracia.

Autor(a): BZN