Política

Mães atípicas ocupam Câmara de Natal e apresentam reivindicações por direitos e inclusão

16 MAI 2025

Foto: Elpídio Júnior

O plenário da Câmara Municipal de Natal (CMN) foi palco, nessa quinta-feira (15), de uma audiência pública marcada por emoção, escuta ativa e forte engajamento social. Proposto pela vereadora Thabatta Pimenta (PSOL), o debate reuniu dezenas de mães atípicas, aquelas que cuidam de filhos com deficiência, além de representantes de instituições públicas, coletivos e ativistas da causa.

Com o tema “O que as mães atípicas querem para Natal”, o encontro inédito deu voz à luta cotidiana dessas mulheres, que, muitas vezes sozinhas, enfrentam a negligência de serviços essenciais como saúde, educação e transporte. O objetivo foi transformar relatos de dificuldades em propostas concretas para políticas públicas mais inclusivas.

“Queremos que nossos filhos vivam com dignidade. Essa audiência foi um espaço para escutar, reivindicar e propor”, declarou Thabatta, que também é mãe atípica. Em sua fala, ela reforçou que a vivência com o filho foi o que a motivou a ingressar na política.

Durante a audiência, a vereadora anunciou duas proposições aprovadas na sessão legislativa do dia: a criação do Dia Municipal da Mãe Atípica, a ser celebrado anualmente em 15 de maio, e a Comenda Mãe Atípica Helena Fernandes, homenagem à ativista Helena Fernandes de Queiroz Carvalho, referência na luta pela inclusão da pessoa com deficiência no Rio Grande do Norte.

O ativista e embaixador da educação anticapacitista do Ministério da Educação, Ivan Baron, destacou a importância de momentos como esse. “É preciso dar ouvidos a quem vive essa realidade todos os dias. A política pública tem que começar escutando a base”, afirmou.

Também participaram do debate os vereadores Brisa Bracchi (PT) e Eribaldo Medeiros (Rede), em apoio às pautas das famílias atípicas. Compuseram ainda a mesa Bruna Oliveira, presidente do Coletivo de Famílias Atípicas do RN; Cláudia Carvalho de Queiroz, da Defensoria Pública do Estado; e Bruno Henrique Saldanha, da Comissão da Pessoa com Deficiência da OAB/RN.

Autor(a): BZN



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