18 MAI 2025
Nas últimas semanas, Natal foi tomada por comoção após duas médicas serem internadas em UTI por intoxicação causada por ciguatera, toxina presente em peixes de recifes contaminados. O surto atingiu 13 pessoas e levou a Vigilância Sanitária a emitir alertas e orientações a restaurantes. “Reforçamos que não é motivo para pânico ou suspensão do consumo de pescados”, disse José Antônio de Moura, diretor de Vigilância em Saúde da capital.
Enquanto isso, um perigo mais letal cresce sem a mesma visibilidade: o vírus H1N1, responsável por milhares de hospitalizações e centenas de mortes no Brasil em 2025. Segundo o Boletim InfoGripe da Fiocruz (abril), o H1N1 foi a causa de 30,4% das mortes por doenças respiratórias testadas, atrás apenas da covid-19 (35,7%). O Ministério da Saúde colocou 13 estados e o DF em alerta para a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), incluindo o Rio Grande do Norte.
Apesar da gravidade, a vacinação contra gripe permanece restrita a grupos prioritários. Em 2025, a meta é vacinar 90% de 81,6 milhões de pessoas, menos da metade da população brasileira. No RN, foram enviadas 796 mil doses para uma população estimada de 1,4 milhão nos grupos elegíveis. Estão entre os prioritários: crianças pequenas, idosos, gestantes, pessoas com comorbidades, trabalhadores da saúde, professores, forças de segurança, caminhoneiros e populações vulneráveis. Fora desses grupos, a vacina custa até R$ 150 na rede privada, inacessível para muitos.
O H1N1, subtipo do vírus influenza A, pode causar febre alta, tosse, dor de garganta, fadiga e, em casos graves, pneumonia e morte. A vacina reduz em até 60% os casos graves, segundo o Ministério da Saúdez
Enquanto o surto de ciguatera, sem óbitos registrados, causou impacto imediato em Natal, o H1N1 segue fazendo vítimas com atenção pública bem menor. A disparidade na resposta evidencia lacunas nas prioridades de saúde pública. Sequer foram feitas campanhas de prevenção.
Autor(a): BZN
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