O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou nesse sábado (9) que o Brasil vai intensificar a abertura de novos mercados para minimizar os impactos do tarifaço imposto pelos Estados Unidos (EUA) a produtos brasileiros.

Durante o seminário Esfera Infra, na capital pernambucana, Costa Filho classificou como “contraproducente” a mistura de agendas políticas e econômicas nas relações entre os dois países, criticando o uso da medida tarifária como instrumento de pressão política.

“Emprego não é de direita nem de esquerda. Emprego é do povo brasileiro. Estamos prejudicando milhares de empresas por conta dessa taxação”, disse o ministro, acrescentando que, em pouco mais de dois anos e meio, o governo Lula abriu mais de 390 novos mercados para produtos nacionais, especialmente na Ásia e Europa.

Costa Filho também apontou que a postura do governo norte-americano pode levar à recessão, aumento do desemprego e da inflação nos EUA, com reflexos na economia mundial. “Tenho a impressão de que as grandes cabeças dos Estados Unidos pressionarão para que essa bola baixe, e que acabe essa loucura que está estabelecida na política internacional norte-americana”, disse o ministro.

O ministro das Cidades, Jader Filho, disse acreditar que haverá pressão interna nos EUA para reverter a política tarifária. Já o ministro da CGU, Vinícius de Carvalho, criticou a suspensão, pelo governo Trump, de legislações que puniam empresas americanas por corrupção no exterior, ressaltando o avanço do Brasil na cooperação internacional e na governança multilateral.

Autor(a): BZN