05 MAI 2025
Enquanto milhões de aposentados e pensionistas do INSS, muitos em situação de extrema vulnerabilidade, são vítimas de um dos maiores esquemas de roubo da história recente do Brasil, a esquerda brasileira cala-se. As cifras roubadas podem ultrapassar os R$ 10 bilhões. Dinheiro desviado criminosamente direto dos salários de quem vive com um benefício mínimo. São mais de 6 milhões de vítimas.
E o que fazem os partidos que se dizem defensores dos pobres?
Nada!
Apenas o senador Flávio Arns (PSB-PR) teve a dignidade de assinar o pedido de criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o esquema. O restante da esquerda - PT, PSOL, PCdoB, PDT, Rede - cruzou os braços. A justificativa? A mesma ladainha: “…a CGU e a Polícia Federal já estão investigando”.
Uma resposta cruel. E fajuta. Diante da imensa gravidade do caso. É a velha estratégia de esconder a sujeira debaixo do tapete, enquanto os órgãos do Executivo supostamente “apuram”. A esquerda prefere confiar na apuração de um governo do qual faz parte, em vez de garantir uma investigação transparente e independente via Parlamento, como ela mesma exigia quando estava na oposição.
No Rio Grande do Norte, o silêncio é ainda mais escandaloso, por ser um estado onde estão focos da investigação. Os deputados Natália Bonavides e Fernando Mineiro, ambos do PT, aliados diretos da governadora Fátima Bezerra (PT), não assinaram o pedido da CPMI nem se manifestaram com a mínima indignação. Isso apesar de o Nordeste ser a região mais atingida pelas fraudes, com milhares de idosos lesados.
Pois bem!
Em 2021, em plena pandemia, lideranças da Rede e do PSB correram para coletar assinaturas e instaurar a CPMI da Covid para investigar o governo Bolsonaro. A esquerda inteira mobilizou-se. Agora, quando o prejuízo atinge os mais pobres e sob seu próprio governo, reina o silêncio conveniente.
A seletividade é brutal. A esquerda só se indigna quando o escândalo parte dos seus adversários. Quando o problema vem de dentro, ela se esconde atrás de instituições que ela mesma já acusou de lentas, aparelhadas e coniventes.
A verdade é simples e incômoda: o roubo aos aposentados não comove os que deveriam defendê-los. Não há “narrativa progressista” capaz de justificar a omissão diante do saque institucionalizado de bilhões.
Autor(a): BZN