Que a abelha é um dos símbolos de milagres de Santa Rita de Cássia?

Segue a história que leva ao Milagre das Abelhas:

No povoado italiano de Roccaporena, região da Umbria, nasceu em 1381 a filha de Amata Ferro e Antonio Lotti, casal benquisto na comunidade que desempenhava a função de juízes de paz. Os dois chegavam à velhice ainda sem filho. Foram pais já idosos.

À herdeira deram o nome Rita, que foi batizada na Igreja de Santa Maria, em Cássia, próxima ao mosteiro de Santa Maria Madalena, de onde a futura santa partiria para a eternidade 76 anos mais tarde.

Reza a lenda que seus pais a levavam para a roça e deixavam-na dormindo à sombra de uma árvore. Certo dia um enxame de abelhas brancas entrava e saía de seus lábios abertos, neles depositando mel sem ferroa-la.

Certo dia um lavrador que estava próximo feriu-se com uma foice, provocando enorme corte na mão direita. Ele correu para Cássia em busca de cuidados médicos. Ao passar perto da criança viu as abelhas que zumbiam ao redor de sua cabeça. Parou e agitou as mãos para dispersar o enxame. Logo sua mão parou de sangrar e o ferimento fechou-se. Seu grito de surpresa chamou a atenção de Antônio e Amata, que acorreram ao local.

O enxame, por alguns instantes disperso, voltou ao ao lugar e, mais tarde, quando Rita foi para o mosteiro de Cássia, as abelhas ficavam nas paredes do jardim interno.

Na literatura espiritual, as abelhas e seu mel significam “doce conversão”, diálogo com Deus.

O fato é relatado por biógrafos da santa e transmitido pelas tradições e pinturas que a ele referem-se. A Igreja inseriu o milagre nas lições do Breviário - livro litúrgico para rezar as horas canônicas. 

O nascimento de Rita foi atribuído a um milagre. Em Cássia, ainda hoje, um enxame de abelhas brancas, sem ferrão, está perto do muro da igreja e, por um orifício, voa até o túmulo da santa.

Rita, como única de pais idosos, desdobrou-se entre sua casa e a roça; a casa e os animais; a casa e a fonte.

Autor(a): Eliana Lima