O União Brasil determinou que filiados que ocupam cargos no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) têm 24 horas para pedir exoneração, sob pena de serem enquadrados por infidelidade partidária. A medida foi oficializada nesta quinta-feira (18) em resolução assinada pelo presidente nacional da legenda, Antônio Rueda. Atualmente, no primeiro escalão do governo federal, o partido conta com Celso Sabino à frente do Ministério do Turismo.

A decisão ocorre em meio à crise envolvendo o próprio dirigente da sigla. Rueda passou a ser citado em investigações da Polícia Federal (PF) sobre a infiltração do PCC (Primeiro Comando da Capital) em setores financeiros e de combustíveis. Segundo a PF, um depoimento apontou o dirigente como suposto dono oculto de jatos executivos usados para transportar membros da facção criminosa.

O União Brasil reagiu em nota, manifestando “irrestrita solidariedade” a Rueda e classificando as menções a seu nome como infundadas. “Causa profunda estranheza que essas inverdades venham a público justamente poucos dias após a determinação oficial de afastamento de filiados do União Brasil de cargos ocupados no Governo Federal", diz o comunicado.

A legenda reforçou que não há investigação formal contra Rueda. Mais cedo, Rueda afirmou estar sendo alvo de "ilações irresponsáveis e sem fundamento" e que está tomando todas medidas cabíveis para proteger seu nome e o União Brasil.

Autor(a): BZN