09 MAI 2025
Natal vem registrando, nas últimas semanas, um aumento preocupante de casos de gastroenterite, com sintomas como náusea, diarreia intensa, vômitos, dores abdominais e febre. Embora as notificações ainda não tenham sido oficialmente reconhecidas como um surto pelas autoridades sanitárias, a possível origem dos casos pode ter sido revelada após um episódio ocorrido nesta semana.
Um grupo de profissionais da saúde, entre eles médicos, adoeceu após consumir peixe em um restaurante de alto padrão da capital. Duas médicas precisaram ser internadas em UTI. O padrão dos sintomas e a rapidez do agravamento dos quadros acenderam o alerta.
A principal suspeita recai sobre possível peixe contaminado com toxinas naturais, em especial a ciguatoxina, responsável pela ciguatera, uma forma de intoxicação alimentar causada por espécies de peixe que vivem em recifes de corais. Entre os peixes recifais associados à ciguatera estão: badejo, garoupa, cioba, dentão, peixe-cão, olho-de-boi, moréias e xaréus. Mesmo após cozimento, fritura ou congelamento, a toxina não é destruída, o que a torna especialmente perigosa.
Outra possibilidade é a contaminação por bactérias como Vibrio parahaemolyticus e Salmonella, comuns em frutos do mar mal acondicionados ou mal preparados. A investigação laboratorial deve confirmar a origem do agente nos próximos dias.
Profissionais que acompanham casos semelhantes relatam que os atendimentos por gastroenterite têm se intensificado nas unidades de pronto atendimento e hospitais, especialmente entre pacientes que relataram o consumo de frutos do mar ou pescados.
A Secretaria Estadual de Saúde informou que analisa os casos.
Autor(a): BZN
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