A trajetória de Marla-Svenja Liebich, antes conhecida como Sven Liebich, reacendeu debates na Alemanha sobre os limites da nova Lei de Autodeterminação de Gênero.

Condenada a um ano e meio de prisão por incitação ao ódio e difamação, a militante de extrema-direita conseguiu, em dezembro de 2024, alterar oficialmente seu nome e registro de gênero.

Com isso, a neonazista deverá iniciar sua pena em um presídio feminino em Chemnitz no fim de agosto. A decisão segue as regras penitenciárias do país, que levam em conta o gênero legal do condenado.

O caso provocou forte reação política. Críticos afirmam que Liebich estaria se aproveitando da legislação para obter benefícios no cumprimento da pena. Já autoridades ligadas aos direitos humanos destacam que, independentemente de seu passado, a detenta tem direito ao reconhecimento de identidade de gênero.

O governo alemão estuda ajustes na lei para evitar abusos, mas garante que cada caso será avaliado individualmente, inclusive em relação à segurança de outros presos.

Autor(a): BZN