Política

Lava Jato: Rolls-Royce fecha acordo de US$ 27,8 milhões por contratos com a Petrobras

27 OUT 2021

Foto: Instagram

A multinacional britânica Rolls-Royce PLC assinou acordo com as autoridades brasileiras para pagar 27,8 milhões de dólares e encerrar os processos que enfrenta no Brasil.

Segundo a CGU (Controladoria-Geral da União) e a AGU (Advocacia-Geral da União), a empresa se manifestou pela “negociação de acordo de leniência relacionado ao pagamento, por terceiros, de vantagens indevidas a agente público no contexto de contratações feitas junto à Petrobras nos anos de 2003, 2004 e 2005”.

Acordo que está “inserido no contexto de colaboração global firmada em 2017 com o Ministério Público Federal e com autoridades norte-americanas e britânicas para resolução consensual quanto a atos ilícitos praticados em diversos países, dentre eles, o Brasil”.

“O valor total do acordo de leniência é de US$ 27.825.636,37 (dólares norte-americanos). A empresa se comprometeu com o pagamento de US$ 2.215.636,37 (R$ 12.655.050,25), que será destinado aos cofres públicos da União em até 30 dias após a sua assinatura, em complementação ao valor de US$ 25.610.000,00 que já foi internalizado no país”, informa a CGU.

Mais

Além da colaboração com as informações que detinha sobre os atos ilícitos, a Rolls-Royce PLC se comprometeu a aperfeiçoar seu programa de integridade.

Em tempo

As negociações da Rolls-Royce vêm de janeiro de 2017, quando a empresa britânica confirmou que pagou US$ 9,32 milhões  em propina para fechar contratos com a Petrobras.

Trata-se de acordos semelhantes às delações premiadas, em troca da redução de punições, para colaborar com investigações.

Operação 

A maior parte do dinheiro que envolveu a multinacional era de comissões para que intermediários ajudassem a empresa a fornecer geradores de energia para as plataformas de petróleo P-51, P-52 e P-53.

Na época, confirmou que pagou US$ 1,6 milhão em propina paga diretamente a uma pessoa envolvida no esquema.

Pelo menos um delator da Operação Lava Jato afirmou ter recebido propina da empresa: Pedro Barusco, ex-gerente da estatal. Disse que ganhou US$ 200 mil para ajudar a fechar um contrato de US$ 100 milhões com a petrolífera brasileira.

Na delação, ele disse que outras pessoas teriam sido beneficiadas no esquema, mas os nomes não foram informados. Os pagamentos foram feitos entre os anos de 2003 e 2013, de acordo com as investigações.

Autor(a): Eliana Lima



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