A Previdência Social teve aprovado para 2025 o maior orçamento entre todos os órgãos do governo federal: R$ 1,02 trilhão. Valor que supera os orçamentos combinados dos Ministérios da Saúde (R$ 245 bilhões), Educação (R$ 226 bilhões) e Defesa (R$ 126 bilhões), por exemplo.

Apesar da magnitude dos recursos, o ministro Carlos Lupi (PDT) permanece no cargo mesmo após a operação “Sem Desconto” da Polícia Federal, que investiga fraudes bilionárias nos descontos em contracheques de aposentados. O escândalo já resultou na exoneração do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto.

Por que o governo mantém no comando da Previdência um ministro sob suspeita, responsável por gerir o maior orçamento da União? Com um rombo estimado em R$ 6,3 bilhões e alertas ignorados desde 2023, a permanência de Lupi no cargo levanta dúvidas sobre a seriedade no combate às irregularidades e a gestão responsável dos recursos públicos.

A operação da PF também apreendeu R$ 1 milhão em espécie na sede de uma das entidades investigadas e documentos que indicam a existência de lobistas ligados a partidos políticos, inclusive da base aliada.

“A gestão de R$ 1 trilhão exige compromisso absoluto com transparência, integridade e agilidade. Não há espaço para omissão. Todos os envolvidos devem cair”, afirmou o senador Izalci Lucas (PL-DF).

Autor(a): BZN