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Justiça solta condenado por estupro de empresária no Ceará e MP anuncia recurso

11 JUN 2025

Foto: NX

A empresária cearense Renata Coan Cudh usou as redes sociais para denunciar a soltura do homem que a violentou e a estrangulou até quase a morte, em janeiro deste ano, após ela sair de um bloco de carnaval e chamar um carro por aplicativo.

Ela revelou, pela primeira vez, sua identidade para lutar contra a injustiça. Também chocante: a liberação foi autorizada por uma mulher, a juíza Adriana Aguiar Magalhães, na última sexta-feira (6), e executada nessa segunda-feira (9).

O Ministério Público do Ceará (MPCE) anunciou que irá recorrer da decisão que concedeu liberdade ao lutador de MMA e motorista de aplicativo Edílson Florêncio da Conceição, de 48 anos, natural de Caicó, no Rio Grande do Norte, condenado por estupro de vulnerável no dia 5 de junho a oito anos e dois meses de prisão, sendo oito anos pelo estupro de uma mulher alcoolizada e dois meses por resistir à prisão. A juíza entendeu que ele poderia cumprir o restante da pena em regime semiaberto e responder a eventuais recursos em liberdade, acreditem, com base nos “bons antecedentes, bom comportamento e por ser réu primário”.

O crime aconteceu no bairro Edson Queiroz, em Fortaleza, e o acusado foi preso em flagrante por policiais que desconfiaram de um carro parado em um matagal. O laudo da Perícia Forense confirmou as agressões.

Renata afirma que ela e sua família ficaram em silêncio por quatro meses, tentando lidar com o trauma longe dos holofotes. Sua fala reacende o debate sobre a forma como o sistema de Justiça trata casos de violência sexual, especialmente quando a vítima decide romper o silêncio.

O caso agora segue para análise em instâncias superiores, enquanto cresce a mobilização nas redes sociais em solidariedade à empresária.

Confira o vídeo da empresária no nosso perfil no Instagram: @bznoticias

Autor(a): BZN



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