O governo federal lançará, na próxima semana, uma reformulação do Auxílio Gás, com o objetivo de assegurar que famílias de baixa renda tenham acesso direto ao botijão de gás de cozinha (GLP). A medida substituirá o atual modelo de repasse financeiro fixo, baseado no preço médio nacional.

O anúncio foi feito nesta quarta-feira (27) pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, durante o programa Bom Dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Segundo ele, a mudança será implementada gradualmente. “Em março, chegaremos a 15,5 milhões de famílias [mais de 46 milhões de pessoas]”, afirmou.

O benefício é voltado a famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), com renda mensal de até meio salário mínimo. Atualmente, 5,6 milhões de famílias recebem o auxílio. A meta do governo é ampliar o atendimento para mais de 20 milhões de famílias até dezembro de 2026, com um orçamento de R$ 13,6 bilhões previsto para 2025.

Hoje, o benefício garante R$ 108 a cada dois meses, equivalente a 100% do preço médio do botijão de 13kg. Com a reformulação, as famílias receberão um vale-crédito para a compra do gás em distribuidoras cadastradas, bastando apresentar o CPF.

O modelo atual não cobre o valor do botijão em diversas regiões. Segundo Rui Costa, em algumas localidades o preço chega a R$ 160 ou R$ 170, cerca de R$ 60 acima da média nacional, que gira entre R$ 105 e R$ 109.

“Além dos efeitos econômicos de possibilitar que a pessoa tenha dignidade para cozinhar seus alimentos, vamos reduzir muito o índice de queimaduras de crianças e mulheres em acidentes domésticos que, na busca por alternativas ao botijão de gás, usam líquidos como álcool para cozinhar”, destacou o ministro.

Autor(a): BZN