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Brasileiras, luxo e tráfico: Operação “À la Carte” expõe bastidores do novo Elefante Branco em Lisboa

15 JUL 2025

Foto: Reprodução/Redes sociais

No último dia 3, a Polícia de Segurança Pública (PSP) de Lisboa desmontou um esquema de prostituição e tráfico humano que funcionava em um dos locais mais emblemáticos da noite lisboeta: a casa de drinques Elefante Branco. A ação, batizada de “Operação À la Carte”, resultou em detenções e apreensões em diferentes pontos da capital portuguesa, incluindo o antigo endereço do clube, na Rua Luciano Cordeiro.

O foco da operação foi combater o aliciamento de mulheres, muitas delas brasileiras, que eram levadas com falsas promessas de trabalho para atuarem como acompanhantes de luxo. Ao chegarem a Lisboa, eram submetidas a esquemas de exploração sexual, sob vigilância e regras rígidas impostas pelos responsáveis pelo esquema.

O Elefante Branco, fundado em 1986, ganhou fama como um dos espaços mais luxuosos e discretos da noite portuguesa, frequentado por políticos, empresários, artistas e celebridades internacionais. Fechou em 2016, mas o nome voltou à cena em 2019, com a abertura de uma nova casa na Rua Conde de Redondo, com apelo semelhante ao original, mas, segundo investigações, mantinha os mesmos métodos obscuros de exploração.

Lupas de investigação identificaram que, além de prostituição, o local funcionava como fachada para lavagem de dinheiro, com menus “à la carte” que, na prática, disfarçavam pacotes com valores exorbitantes por serviços sexuais. Os principais alvos da operação foram detidos preventivamente, e há indícios de envolvimento de redes transnacionais.

Nos burburinhos internacionais comenta-se sobre presença poderosa de brasileiros curtindo os prazeres da noite durante a operação.

Pois é.

A operação lança luz sobre uma realidade conhecida nos bastidores, mas raramente enfrentada com tamanha contundência: a da exploração de mulheres, muitas vezes migrantes, em nome do luxo e do prazer da elite.

A investigação continua em curso, e a Justiça portuguesa já sinalizou que novas diligências podem ocorrer nas próximas semanas.

Autor(a): BZN



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