21 ABR 2025
Ao contrário do que muitos imaginam, o Direito Canônico não exige que um Papa seja sacerdote ou bispo. Segundo a norma da Igreja, qualquer homem católico batizado pode ser eleito para o cargo, desde que aceite a missão. Caso o eleito ainda não seja bispo, ele precisa ser ordenado imediatamente, já que o Papa é, oficialmente, o Bispo de Roma.
Apesar dessa abertura legal, a tradição consolidou outro caminho. Desde o século XV, todos os papas são sacerdotes, bispos e, em geral, cardeais antes da eleição, reforçando o perfil de líder religioso experiente.
Nos primeiros séculos, no entanto, a história guardou algumas exceções:
- São Fabiano (236–250), um leigo que se tornou Papa após um episódio interpretado como sinal divino.
- São Cornélio (251–253), que só foi ordenado bispo após a eleição.
- São Celestino V (1294), um monge que aceitou o papado, mas renunciou meses depois.
Além disso, o trono de São Pedro também já foi ocupado por líderes vindos de diferentes países, embora a maioria seja italiana. Os primeiro séculos tiveram papas da França, Alemanha, Grécia, Síria, Palestina e África do Norte.
Depois, os italianos predominaram. Rituais quebrados em 1978, com a eleição do polonês Karol Wojtyla, que foi o João Paulo II; e em 2013, com a eleição do argentino Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, que deixou o mundo nesta segunda-feira (21).
Autor(a): BZN