A vereadora Samanda Alves (PT) gerou polêmica nesta quarta-feira (16) ao acusar o Hospital Infantil Varela Santiago, uma das instituições mais respeitadas e centenárias de Natal, de ter mentido sobre a subutilização do tomógrafo que atende crianças pelo SUS, em convênio com o Governo do Estado.

Segundo Samanda, o assunto teria sido esclarecido e negado em reunião com o secretário estadual de Saúde, Alexandre Motta. A declaração, no entanto, foi rapidamente desmentida em plenário e vista como um ataque gratuito a uma instituição que presta serviços essenciais à população há décadas.

O vereador Leo Souza (Republicanos), que trouxe a denúncia à tona, rebateu duramente a colega:

“É inaceitável que uma instituição como o Varela Santiago, que tem um histórico de seriedade e compromisso com a saúde infantil, seja tratada como mentirosa. Em vez de buscar soluções, a vereadora prefere atacar quem luta diariamente para salvar vidas,” afirmou Souza, que também é embaixador do hospital.

Outros vereadores que participaram da reunião com o secretário Alexandre Motta também desmentiram a versão apresentada por Samanda. Pedro Henrique (PH) e Camila Araújo, presidente da Comissão de Saúde da Câmara, foram claros ao dizer que o tema do tomógrafo sequer foi discutido no encontro, que tratou apenas de questões financeiras relacionadas à dívida do Estado com o município.

Camila Araújo ainda propôs que os vereadores façam uma visita oficial ao Varela Santiago para verificar de perto a realidade: o tomógrafo tem capacidade para realizar até 10 exames por hora, mas o convênio com o Governo do RN permite que apenas três exames por dia sejam pagos, criando um gargalo que prejudica diretamente crianças que aguardam diagnóstico.

A postura de Samanda Alves foi criticada não apenas por tentar descredibilizar uma instituição com reconhecido trabalho social, mas por blindar o governo do estado em vez de cobrar soluções efetivas para o problema.

Autor(a): BZN