25 JUN 2025
A sede social do América Futebol Clube, em Natal, foi um dos locais "visitados" pela Operação Amicis, da Polícia Civil do Rio Grande do Norte (PCRN). Embora o clube não seja alvo direto da investigação, um de seus diretores aparece entre os envolvidos na apuração de suposto esquema de fraudes e lavagem de dinheiro que movimentou mais de R$ 150 milhões.
A operação, realizada em conjunto com o Gaeco (MPRN), Sefaz-RN, Itep e Polícia Militar, cumpriu 53 mandados de busca e apreensão em imóveis de alto padrão na Grande Natal. Cerca de 200 agentes participaram da ação, que é um desdobramento da “Operação Braço Direito”, deflagrada em julho de 2024 para investigar irregularidades ligadas a redes de academias e franquias comerciais.
Em nota oficial, o América esclareceu que não é parte da investigação e que o envolvimento do dirigente ocorre em caráter exclusivamente pessoal. “O clube reafirma seu compromisso com a legalidade, a transparência e a ética, e informa que colaborará com as autoridades sempre que solicitado”, diz o comunicado.
A diretoria também ressaltou que as atividades administrativas, esportivas e financeiras da instituição seguem normalmente, sem qualquer prejuízo em função da operação.
Investigação sob sigilo
Por decisão judicial, a PCRN está proibida de divulgar detalhes operacionais da Amicis, o que inclui nomes de investigados e dados bancários apreendidos. Fontes ligadas à investigação, entretanto, apontam que a apuração pode se estender a outros setores do empresariado potiguar.
Autor(a): BZN