Diversas entidades e instituições públicas e privadas que atuam direta ou indiretamente com a construção civil se reuniram na tarde desta quinta-feira (26) para dar início à implantação do Ecossistema Local de Inovação (ELI) do setor no Rio Grande do Norte. O objetivo da iniciativa é promover a articulação entre empresas, universidades, órgãos públicos e o setor financeiro para impulsionar a inovação e o desenvolvimento da cadeia produtiva.

A Metodologia ELI foi criada pelo Sebrae com o objetivo de identificar oportunidades e fortalecer a capacidade de inovação em segmentos específicos. A proposta é fomentar o desenvolvimento local por meio da articulação entre diferentes atores, como empresas, instituições públicas, academia e setor financeiro, em ações colaborativas e estratégicas.

Ela é baseada em cinco etapas principais: escuta dos atores envolvidos, identificação de gargalos, construção de plano de ação, implementação de soluções e definição de uma governança colaborativa. A partir deste primeiro encontro, serão realizados workshops temáticos com todos os participantes para estruturar a governança do ecossistema. A expectativa é que o lançamento oficial do ELI da Construção Civil ocorra até novembro deste ano.

O encontro contou com a presença de empresários, representantes da academia, de instituições públicas e financeiras. Na ocasião, a metodologia do ELI e os resultados alcançados com a implementação do projeto no setor da construção em Londrina (PR) foram apresentados pelo consultor do Sebrae Paraná, Gustavo Ishikawa, que atuou diretamente no processo naquela cidade.

Para Marcelo Toscano, diretor de Operações do Sebrae/RN, o fortalecimento do setor passa pela união dos atores envolvidos. “É um momento importante para que possamos pensar coletivamente, superar gargalos e construir uma agenda estratégica. O setor da construção civil é uma mola propulsora da economia e precisa de ações conjuntas para crescer de forma sustentável”, destacou.

Sérgio Azevedo, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon/RN), reforçou que a construção civil no estado é formada, em grande parte, por pequenas e médias empresas, que precisam de apoio para se desenvolverem. “Precisamos pensar juntos no ambiente de negócios que queremos. Hoje, por exemplo, um dos grandes desafios é a atração de talentos. E a inovação tecnológica pode ser um caminho para aproximar a nova geração do setor”, pontuou.

Ele também destacou que o ELI vai além das construtoras. A proposta é envolver diferentes atores que impactam direta ou indiretamente o setor, criando uma rede de colaboração que favoreça a inovação, a capacitação e o fortalecimento do ecossistema.

Autor(a): BZN