19 ABR 2025
Conhecido também como Sábado Santo, o Sábado de Aleluia marca o momento de transição entre o luto da Sexta‑feira da Paixão e a celebração da ressurreição de Cristo no Domingo de Páscoa. A tradição cristã consagrou este dia como um período de vigília, silêncio e esperança.
O costume remonta aos primeiros séculos do cristianismo, quando comunidades reuniam‑se ao anoitecer para a “Vigília Pascal”. Na escuridão das igrejas, acendia‑se o “fogo novo”, abençoava‑se a água do batismo e proclamava‑se o cântico do Exultet, hino que anuncia a passagem da morte para a vida. Até hoje, paróquias mantêm a alvenaria do altar sem cruz ou crucifixo, convidando os fiéis a entrar no mistério do túmulo vazio.
Em algumas paróquias do Nordeste, por exemplo, mantém‑se o jejum até a Vigília, quebrado apenas após a leitura do trecho evangélico que narra a descoberta do túmulo vazio. Em capitais como Curitiba e Recife, a bênção do fogo novo atrai grande número de fiéis para cerimônias ao ar livre, envolvendo cânticos gregorianos e procissões luminosas.
Mais do que um ritual religioso, o Sábado de Aleluia representa um momento simbólico de pausa em meio à correria cotidiana e ressignificar a própria ideia de “renascimento”, seja no plano espiritual, seja na busca por renovação pessoal. Renova‑se a mensagem central da Páscoa: ainda que o “choro possa durar uma noite” (Salmo 30:5), a “alegria vem pela manhã”, hoje e em cada recomeço.
Autor(a): BZN