30 JUN 2025
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), defendeu a decisão do Congresso Nacional de revogar o decreto presidencial que aumentava a alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Segundo ele, a medida teve apoio de parlamentares de diferentes espectros políticos e demonstra o esgotamento da polarização no país.
“Quem alimenta o 'nós contra eles' acaba governando contra todos. A Câmara dos Deputados, com 383 votos de deputados de esquerda e de direita, decidiu derrubar um aumento de imposto sobre o IOF. A polarização política no Brasil tem cansado muita gente, e agora querem criar a polarização social”, afirmou Motta em publicação nas redes sociais.
O deputado também destacou outras aprovações importantes feitas na mesma sessão legislativa, entre elas a autorização para o leilão de excedente de petróleo e o investimento de até R$ 15 bilhões em habitação popular. Segundo Motta, essas medidas podem gerar receita entre R$ 15 bilhões e R$ 20 bilhões sem necessidade de elevar impostos.
Outras propostas aprovadas incluem a regulamentação do crédito consignado no setor privado e a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para trabalhadores que recebem até dois salários mínimos.
Motta ainda respondeu críticas de aliados do governo que o acusaram de não comunicar previamente a inclusão do projeto do IOF na pauta da Câmara. Ele negou ter agido de forma desleal. “Capitão que vê o barco indo em direção ao iceberg e não avisa não é leal, é cúmplice. Nós avisamos ao governo que essa matéria do IOF teria muita dificuldade de ser aprovada no Parlamento. O presidente de qualquer poder não pode servir a um partido, ele tem que servir ao seu país”, concluiu.
Autor(a): BZN