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Polícia Civil investiga empresas ligadas a golpe milionário via Pix

05 JUL 2025

Foto: Divulgação/SSP

A Polícia Civil de São Paulo investiga 29 empresas que receberam transferências milionárias via Pix durante o ataque hacker ocorrido nesta semana. Os nomes das instituições financeiras envolvidas constam em um documento entregue pela BMP, empresa de pagamentos alvo do golpe, às autoridades policiais.

Considerado o maior ataque cibernético já registrado contra instituições financeiras no país, o crime teve como alvo a C&M Software, empresa de tecnologia responsável por intermediar operações via Pix para diferentes bancos. O prejuízo estimado é de R$ 541 milhões.

Segundo fontes ligadas à investigação, os criminosos realizaram 166 transferências em massa durante a madrugada. Parte dessas operações foi rastreada até 29 empresas que agora são alvos da polícia. Os investigadores buscam esclarecer se as companhias agiram como "laranjas" ou se foram utilizadas de forma inadvertida.

Até o momento, a Justiça determinou o bloqueio de aproximadamente R$ 270 milhões em contas associadas ao esquema. As movimentações ocorreram de forma automatizada após o comprometimento do sistema da C&M Software.

Prisão

As investigações revelaram que os hackers obtiveram acesso ao sistema após um funcionário da empresa fornecer login e senha. João Nazareno Roque, de 48 anos, operador de TI da C&M, foi preso nessa sexta-feira (4) após confessar ter entregue suas credenciais aos criminosos em troca de R$ 15 mil.

Em depoimento, João afirmou ter sido abordado por um homem na saída de um bar em março. Segundo ele, o suspeito demonstrou interesse em conhecer os sistemas da empresa. Na residência do operador de TI, a polícia apreendeu computadores e dispositivos eletrônicos, que agora passam por perícia.

A Polícia Civil continua rastreando os valores desviados e tenta identificar os beneficiários finais, com o objetivo de ampliar os bloqueios judiciais e recuperar os recursos desviados.

Autor(a): BZN



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