A Polícia Federal (PF) prendeu nesta terça-feira (22) o último foragido da organização criminosa que manipulava etiquetas de bagagens em aeroportos brasileiros para enviar cocaína ao exterior. A captura ocorreu durante a quarta fase da Operação Colateral, que investiga o esquema desde 2023.

O grupo atuava trocando etiquetas de malas despachadas por passageiros inocentes, substituindo os volumes originais por bagagens recheadas com entorpecentes. A prática levou à prisão injusta de duas brasileiras, Kátyna Baía e Jeanne Paolini, detidas em março de 2023 no aeroporto de Frankfurt, na Alemanha, com malas contendo 40 quilos de cocaína.

As duas mulheres, naturais de Goiânia (GO), permaneceram presas por 38 dias até que as autoridades brasileiras confirmaram que as malas não pertenciam a elas. À época, a PF destacou que não havia indícios de ligação entre as passageiras e o tráfico internacional, reforçando que os padrões da ação diferiam das chamadas “mulas do tráfico”.

Desde a deflagração da operação, a PF já havia prendido seis integrantes do grupo, entre operadores logísticos e líderes da organização. Apenas um dos chefes permanecia foragido, o que motivou o aprofundamento das investigações nos últimos meses.

Autor(a): BZN