21 JUL 2025
A perícia da Polícia Federal concluiu que o pen drive encontrado no banheiro da casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não tem relevância para o inquérito que apura suposta coação à Justiça. Mas esse detalhe só veio depois que o caso já havia sido tratado como bomba por setores da esquerda, por ministros do STF e por parte da imprensa.
Este é mais um episódio que lembra, tristemente, o caso da Escola Base, em 1994, quando donos de uma escola infantil foram acusados de abuso sexual. A mídia, a polícia, o Ministério Público e a opinião pública destruíram vidas, só para depois descobrir que tudo era falso. Mas o estrago já estava feito.
A Polícia que brada, a imprensa que sentencia
A PF deu destaque à apreensão do pen drive como se fosse evidência grave. Mas o dispositivo foi achado num banheiro e sequer havia qualquer comprovação de ligação com crimes. Ainda assim, transformou-se em manchete e base para julgamentos públicos. Até ministros reforçaram o espetáculo. E veículos da imprensa, sem apuração, cumpriram seu papel de tribunal midiático.
Culpa antes da prova
Depois da perícia, zero retratação esperada, zero manchete corrigindo o erro. O conteúdo irrelevante do pen drive foi ignorado. O dano à reputação, feito. A mesma esquerda que antes criticava o “lawfare” agora aplaude linchamentos contra Bolsonaro e aliados. E a mesma imprensa que denunciou abusos seletivos, hoje repete-os, com lado.
Precedente perigoso
A crítica não é contra investigações legítimas, mas contra o método: suspeitas sem checagem sendo tratadas como provas, com narrativas construídas antes dos fatos.
Hoje é Bolsonaro. Amanhã, será quem? A história da Escola Base deveria servir de lição. Mas virou modelo: policiais apressados, imprensa acusatória, juízes midiáticos. Trocam-se os personagens, mas o roteiro do linchamento continua o mesmo.
O pen drive virou nada. Mas expôs tudo o que não se deve fazer num Estado de Direito.
Quem responde por mais esse erro? Quem se desculpa quando vidas são destruídas por manchetes vazias? A resposta a história já deu. E o Brasil, ao que parece, não aprendeu nada.
Autor(a): BZN