15 ABR 2025
Com o objetivo de desmantelar um esquema de fraudes envolvendo cartões clonados em Natal, o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) deflagrou nesta terça-feira (15) a Operação Estorno. A investigação apura a prática de estelionato, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa. Os alvos da operação são um casal e um terceiro homem.
Durante a ação, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados, com apoio da Polícia Militar. A operação contou com a participação de dois promotores de Justiça, oito servidores do MPRN e 12 policiais militares.
As investigações começaram após uma denúncia anônima feita em setembro de 2021, que relatava um esquema baseado no uso indevido do mecanismo de chargeback, recurso utilizado por clientes de cartões de crédito para contestar cobranças e solicitar o reembolso dos valores pagos.
Segundo apurado, os criminosos utilizavam dados de cartões clonados para realizar compras simuladas por meio de links gerados em um aplicativo bancário. Após a transação, os valores eram transferidos ou sacados rapidamente, antes que os verdadeiros titulares percebessem a fraude e solicitassem o estorno.
O golpe causava prejuízos tanto às vítimas dos cartões clonados quanto à instituição bancária envolvida, que frequentemente bloqueava os perfis das vítimas e as incluía em cadastros de inadimplência.
A denúncia inicial mencionava vários suspeitos, e as investigações confirmaram a participação do casal e de outro homem no esquema. O casal é proprietário de uma lavanderia investigada por possível uso na ocultação dos recursos ilícitos. O outro suspeito, segundo o MPRN, movimentou mais de R$ 100 mil em recursos possivelmente oriundos das fraudes.
Durante a operação, foram apreendidos cartões de crédito e débito, aparelhos celulares e equipamentos eletrônicos, que agora serão analisados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado. O MPRN segue com as investigações para aprofundar a coleta de provas, identificar outros envolvidos e rastrear o destino do dinheiro obtido ilegalmente.
Autor(a): BZN