13 JUN 2025
A Polícia Civil do Rio Grande do Norte (PCRN) desarticulou, nessa quinta-feira (12), um esquema de loteria clandestina que atuava nos municípios de Macau e Guamaré. A ação fez parte da Operação Má-Sorte, deflagrada por equipes da 5ª Delegacia Regional de Macau, com apoio da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam/Macau) e da 1ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM).
Ao todo, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça da comarca de Macau: três em Guamaré e um na cidade de Macau. As investigações, iniciadas há cerca de três meses, identificaram a atuação de uma organização criminosa voltada à exploração de jogos de azar, especialmente a modalidade conhecida como “2 x 500”, comum em mercados populares.
Segundo a PCRN, o esquema era comandado por uma mulher de nacionalidade colombiana, responsável por coordenar as atividades a partir de um imóvel em Macau. No local, foram apreendidos R$ 18 mil em espécie, um globo de sorteio, carimbos, bilhetes de apostas e outros materiais ligados à loteria clandestina. O jogo era realizado regularmente dentro do Mercado Público da cidade.
Em Guamaré, os policiais encontraram uma banca de apostas montada em área pública e mais bilhetes da loteria ilegal. Em outro endereço, vinculado a um dos financiadores do esquema, foi apreendido um arsenal: uma pistola com numeração raspada, munição de calibre 12, drogas, cerca de 200 cartões bancários e sociais (incluindo cartões do Bolsa Família), além de dinheiro em espécie. De acordo com as investigações, o suspeito também praticava agiotagem, cobrando juros abusivos e retendo cartões das vítimas como garantia de pagamento.
Além das autuações em flagrante, os envolvidos devem responder por crimes como exploração de loteria não autorizada, associação criminosa, induzimento à especulação e promoção de publicidade enganosa prejudicial à saúde ou segurança.
Os suspeitos foram conduzidos à delegacia para os procedimentos legais e, posteriormente, encaminhados ao sistema prisional, onde permanecem à disposição da Justiça.
Autor(a): BZN