Política

O antissemitismo em nova roupagem: quando a esquerda se junta aos inimigos de Israel

19 JUN 2025

Foto: Em muitos dos atos de ódio no Brasil, alunos queimam bandeira de Israel na UnB

Nos tempos atuais, uma nova onda de antissemitismo se apresenta sob o disfarce de militância progressista. Movimentos de esquerda, sobretudo em universidades, ONGs e setores da mídia ocidental, passaram a liderar manifestações hostis contra o Estado de Israel, e não apenas contra sua política de governo, mas contra o direito à existência do Estado judeu.


A crítica legítima à condução de conflitos é substituída por slogans que negam a soberania israelense, banalizam o Holocausto ao comparar Israel ao nazismo e até justificam ações terroristas, como as promovidas pelo Hamas. Esse discurso, embora se diga anticolonialista, revela-se cúmplice de ideologias que historicamente perseguiram os judeus.


Historicamente, o antissemitismo foi uma arma de regimes totalitários de ambos os espectros ideológicos. O nazismo exterminou 6 milhões de judeus em nome da “pureza racial”; o comunismo soviético perseguiu intelectuais judeus e promoveu purgas sob o pretexto de combater “cosmopolitas burgueses”. O fascismo italiano também aderiu às Leis Raciais, entregando judeus aos nazistas. Em todos esses casos, o judeu foi usado como bode expiatório político.


Hoje, essa lógica se renova: Israel está sob ataques constantes de grupos como Hezbollah, Houthis e Hamas, todos patrocinados pelo Irã teocrático xiita, que declara abertamente seu desejo de “varrer Israel do mapa”. Esses grupos recebem armas, drones e apoio tático da Rússia, que se alinha ao eixo antiocidental e vê em Israel um aliado estratégico do Ocidente a ser enfraquecido.


No Brasil, esse clima hostil ganhou força no discurso oficial. O presidente Lula (PT) comparou publicamente a ação israelense contra o Hamas ao Holocausto, ignorando as vítimas civis israelenses do maior massacre judeu desde 1945. A fala gerou indignação global e o rompimento diplomático temporário com Israel. Ao mesmo tempo, o Itamaraty tem emitido notas que condenam Israel com dureza, mas raramente mencionam os ataques bárbaros dos grupos terroristas. A política externa brasileira, sob a atual gestão, tornou-se mais simpática a ditaduras que financiam o antissemitismo, enquanto hostiliza a única democracia do Oriente Médio.


Paradoxalmente, setores da esquerda ocidental, e agora, também latino-americana, aliam-se, ainda que indiretamente, a esses inimigos de Israel. Ao condenar Israel de forma unilateral e silenciar sobre os massacres promovidos por seus algozes revelam uma seletividade moral que transforma a ideologia em novo instrumento de ódio contra os judeus.


A convergência histórica é evidente: seja por motivações raciais (como no nazismo), ideológicas (como no comunismo) ou geopolíticas (como nos grupos armados hoje), o alvo é o mesmo, o povo judeu e sua autodeterminação.


O antissemitismo, outrora escancarado, agora veste a máscara do ativismo “progressista”. Mas a essência permanece: negar a legitimidade de Israel e relativizar o sofrimento dos judeus é repetir, sob outra linguagem, o mesmo ódio ancestral que atravessou séculos e regimes.


Autor(a): BZN



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