O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nessa sexta-feira (13) a soltura do ex-ministro do Turismo Gilson Machado, preso mais cedo por suspeita de envolvimento em uma tentativa de emissão irregular de passaporte português para o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro e delator nas investigações sobre a tentativa de golpe de Estado.

Apesar da revogação da prisão, Alexandre de Moraes impôs uma série de medidas cautelares, como: comparecimento periódico à Justiça, entrega do passaporte, proibição de deixar o país e proibição de contato com outros investigados no inquérito que apura a trama golpista.

Ainda na sexta-feira, Mauro Cid prestou novo depoimento à Polícia Federal (PF) e negou a intenção de deixar o país. As investigações indicam, no entanto, que familiares de Cid embarcaram para os Estados Unidos no mês passado.

O caso ganhou relevância após a revelação de que Cid solicitou cidadania portuguesa em 11 de janeiro de 2023, três dias após os ataques golpistas em Brasília. A informação foi confirmada por seu advogado, Cesar Bittencourt, que alegou tratar-se de um pedido motivado pelo fato de a esposa e as filhas do militar já possuírem cidadania portuguesa.

Ainda segundo a defesa, a carteira de identidade portuguesa foi expedida em 2024 e enviada ao Brasil. O advogado ressaltou que o documento tem validade apenas em território português e que não se trata de passaporte.

Autor(a): BZN