Política

Marco da economia potiguar no século 18, o Casarão dos Guarapes continua em ruínas. O RN devolveu R$ 1 milhão ao Ministério do Turismo porque não ini

27 NOV 2021

Foto: Canindé Soares

O fotógrafo Canindé Soares publicou ontem (26) em seu site a foto ao lado que mostra de cima o completo abandono do Casarão dos Guarapes, marco da economia potiguar no século 18 e início do município de Macaíba.


Lembrei da matéria que fizemos na edição de novembro de 2015 da Revista Bzzz. Muito antes, e até hoje, a recuperação não passa de promessas.


Em setembro de 2017, o conselheiro de Contas Valério Mesquita me informou que o governo estadual tinha recebido R$ 1 milhão do Ministério do Turismo para a recuperação do casarão, que estava na Caixa Econômica desde 2015 à espera das providências do governo estadual, mas diante da ausência do início das obras, o dinheiro foi devolvido a Brasília. 


Na época, disse:


- Se disserem que isso ocorreu por contingenciamento de despesa, a declaração não cala porque há quase oito anos o projeto sofreu “embargo de gaveta na Fundação José Augusto, Prefeitura de Macaíba etc”.


Da matéria na Bzzz, assinada pela jornalista Adriana Brasil, que pode ser lida completa aqui:


- Encravado no alto de uma colina na divisa entre os municípios de Natal e Macaíba, às margens da BR-226, o Casarão dos Guarapes é um elo perdido da história do comércio do Rio Grande do Norte. O local que foi o berço do comércio potiguar atualmente sofre o descaso com a história, memória que não se preza. 


Dos tempos áureos, hoje se encontra numa localidade carente, escondido pela vegetação, no bairro que leva o mesmo nome do casarão, onde os índices de violências são altos. Adentrando um cercado de arame farpado e rompido, caminha-se por algumas dezenas de me- tros, num trecho de piçarra mais à frente, arbustos e, adiante, as ruínas do imóvel que um dia foi imponente. Abandono total, à mercê de aventureiros e vândalos.


Mas também dos preocupados com a preservação da história do local.

Ali foi o local escolhido pelo comerciante e visionário Fabrício Gomes Pedroza, que imprimiu fortes marcas do capitalismo e transformou a realidade daquela área, antes inexpressiva, que por pouco não disputou com Natal o posto de capital da província do Rio Grande do Norte. 


Tudo por conta do prestígio e da visão do patriarca daquelas terras.




Autor(a): Eliana Lima



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