Política

Lula racista: 'Isso é fotografia para você colocar representando o Brasil no exterior, um cara sem dente e ainda negro'

23 AGO 2025

Foto: Reprodução vídeo

Em Sorocaba (SP), o presidente Lula da Silva (PT) deu voz a um racismo explícito. Ao comentar fotografia numa revista de divulgação do Brasil, descreveu primeiro uma mulher “bonitona, filha de italiana ou de alemão, do Rio Grande do Sul ou de Santa Catarina, com a bochecha vermelha”. Em seguida, mencionou a imagem de um homem negro, sorridente e desdentado, e concluiu com a chocante frase: “um cara sem dente e ainda negro”.

Essa comparação é devastadora. De um lado, a idealização do Brasil branco, europeu, associado à beleza, saúde e vitalidade. De outro, o rebaixamento do Brasil negro, tratado como estigma, como peso, como algo que deveria ser escondido. O “ainda negro” revela com clareza uma mentalidade que vê a cor da pele como agravante, como marca de indignidade.

Não há como suavizar: essa fala é racista. Ela reduz o homem negro à condição de vergonha, negando-lhe a dignidade de representar o país. Ao associar a negritude a algo negativo, Lula reproduz e legitima a lógica que sustenta séculos de exclusão e discriminação.

A gravidade se amplia pelo fato de partir de um presidente que se apresenta como defensor dos pobres e marginalizados.

O episódio mostra que o racismo não está apenas nas estruturas sociais, mas também nas palavras e nos símbolos que vêm do topo do poder. O Brasil não pode naturalizar o “ainda negro”. É mais do que uma frase infeliz: é a reafirmação de que, para quem governa, o país verdadeiro continua sendo o branco, europeu e idealizado.

O “ainda negro” é racismo puro. E precisa ser denunciado como tal.

Autor(a): BZN



últimas notícias