27 SET 2025
A promessa de mobilidade rápida na Av. Engenheiro Roberto Freire virou frustração. Implantadas em outubro de 2020, as faixas exclusivas de ônibus do principal corredor turístico de Natal sofrem com abandono, disputas de competência e falta de manutenção, prejudicando diariamente milhares de usuários.
“O abandono e a indefinição de responsabilidades enfraquecem essa política pública e prejudicam até a imagem da cidade”, critica Augusto Costa Maranhão Valle, coordenador jurídico do Seturn, que defende a Roberto Freire como ativo estratégico de desenvolvimento urbano.
Hoje, Natal possui 50 km de faixas exclusivas, mas a gestão é fragmentada: a STTU administra 40 km, enquanto os 9 km restantes, incluindo a própria Roberto Freire, ficam sob responsabilidade do DER-RN e do Dnit, que não atuam de forma integrada. O resultado são buracos, sinalização precária e fiscalização ineficiente.
A STTU já manifestou interesse em assumir a via, alegando que a municipalização permitiria respostas mais rápidas. O DER-RN, por sua vez, limita-se a obras de pavimento e roço, e repassa ao CPRE a responsabilidade de fiscalizar.
Enquanto isso, novos projetos avançam em outras áreas da cidade, como na BR-101 e na Av. Nevaldo Rocha, com previsão de R$ 24,6 milhões em investimentos.
É bom o governo Fátima Bezerra lembrar, responsável pela Roberto Freire, que as faixas não são apenas pintura no asfalto: representam um instrumento de inclusão urbana previsto em lei, capaz de reduzir tempos de viagem, aumentar a confiabilidade do transporte e economizar recursos públicos.
Autor(a): BZN