26 JUN 2025
Enquanto o governo brasileiro mobilizou a Força Aérea Brasileira (FAB) para trazer ao país a ex-primeira-dama do Peru Nadine Heredia, condenada por corrupção e beneficiada por asilo diplomático, a mesma estrutura federal foi negada à brasileira Juliana Marins, que morreu à espera de socorro numa cratera do Monte Rinjani, vulcão na Indonésia.
O caso se torna ainda mais revoltante com a revelação de que o transporte da peruana, envolvida em escândalos de corrupção relacionados à Odebrecht, foi mantido sob sigilo oficial por cinco anos.
Juliana não tinha condenação, nem proteção política, nem peso diplomático. Tinha apenas a urgência da vida e o direito, como cidadã brasileira, de não ser deixada para morrer. Foi exatamente o que aconteceu.
A postura do governo federal, nesse contraste, escancara uma hierarquia perversa de prioridades, onde a estrutura estatal é acionada com prontidão para proteger aliados políticos, mas se omite diante da vida de uma brasileira comum.
Autor(a): BZN