Política

“Descolonizar”: o novo fetiche progressista ganha disciplinas na UFRN

07 MAR 2025

Foto: O novo livro de cabeceira dos progressistas

A esquerda acadêmica encontrou um novo fetiche: a “descolonização”. O termo, antes restrito ao debate político e sociológico, agora se espalha pelas universidades brasileiras, moldando currículos e reconfigurando o ensino.

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) é um dos exemplos mais recentes dessa tendência, oferecendo disciplinas que prometem “descolonizar” o conhecimento, não apenas na educação, mas também na saúde e na cultura.

Entre as novas disciplinas oferecidas pela UFRN destacam-se: “Pedagogias Decoloniais”, “Perspectivas Decoloniais para o Ensino de Ciências”, “Saúde Coletiva, Ecologia e Decolonialidade” e até mesmo “Ensino de Espanhol numa Perspectiva Decolonial”. A proposta central dessas matérias é questionar os pilares do ensino tradicional e substituí-los por um modelo que prioriza epistemologias feministas, afrocentradas e indígenas, rejeitando o que chamam de “racionalidade ocidental”.

O movimento de descolonização acadêmica não se limita ao ensino. A ativista e acadêmica Françoise Vergès, no livro “Decolonizar o Museu: Programa de Desordem Absoluta”, propõe a destruição dos museus tradicionais, acusando-os de perpetuar o colonialismo e enriquecer elites brancas às custas de povos historicamente marginalizados. Sua visão radical prega a substituição dessas instituições por um “pós-museu”, onde narrativas sejam conduzidas sob novas perspectivas ideológicas.

A adesão a esse pensamento dentro das universidades brasileiras, como evidencia a UFRN, levanta preocupações. Há que atentar que essa abordagem não representa uma ampliação do conhecimento, mas sim sua fragmentação e ideologização. O ensino superior, que deveria primar pelo rigor acadêmico e pela busca da verdade, parece cada vez mais inclinado a substituir a ciência e a história por discursos militantes.

Seja na educação, na saúde ou na cultura, a “descolonização” tornou-se o novo mantra progressista. Mas a grande questão permanece: essa agenda traz avanço ou apenas mais uma forma de revisionismo ideológico que desmantela o que foi construído até aqui?  

Autor(a): BZN



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