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Demitido após ser exposto por padre Fábio de Melo, gerente quebra o silêncio e pede justiça

19 MAI 2025

Foto: Reprodução vídeo

No último dia 10, uma publicação do padre Fábio de Melo nas redes sociais desencadeou uma onda de ataques virtuais, linchamento moral e, segundo o próprio acusado, resultou na sua demissão. O religioso relatou ter sido tratado com desrespeito por um gerente de loja e, em tom de desabafo, compartilhou a situação com seus milhões de seguidores. A repercussão foi imediata e fulminante.

Dias depois, o gerente demitido Jair Aguiar, em postagem no Instagram, afirma ter sido injustamente exposto em rede nacional, sofrido uma campanha de ódio virtual e punido sem sequer ter tido a oportunidade de apresentar sua versão. “Minha imagem foi atacada, minha história deturpada e meu nome jogado ao julgamento da internet”.

Jair, que até então mantinha uma vida discreta, diz que jamais teve intenção de desrespeitar o padre. “Fui acusado de atitudes que não cometi. Meu único pedido é que as pessoas me ouçam com o mesmo interesse com que ouviram as acusações. Que a verdade prevaleça”.

A publicação original do padre, feita em tom pessoal e emocional, deu espaço a milhares de comentários inflamados. Internautas passaram a identificar e perseguir o suposto gerente, pressionando a empresa e exigindo sua demissão, o que de fato aconteceu. 

O caso reacende o debate sobre a responsabilidade de figuras públicas nas redes sociais, sobretudo quando expõem indivíduos comuns a julgamentos sumários.

Influência e consequências

Com mais de 20 milhões de seguidores, o padre Fábio de Melo é uma das personalidades mais influentes das redes no Brasil. Suas palavras, mesmo quando não intencionadas para gerar punições, têm peso e alcance. Quando o alvo é um cidadão sem projeção pública, as consequências podem ser desproporcionais e irreversíveis.

Enquanto Jair tenta reconstruir sua imagem e pedir espaço para sua versão, o caso evidencia como as redes sociais podem se transformar em arenas de justiça paralela, movidas por comoção e ausência de escuta.

O episódio pede reflexão: onde termina o direito à indignação e começa o dever de responsabilidade pública?

Autor(a): BZN



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