14 SET 2025
O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), anunciou nesse sábado (13) que vai recorrer da decisão do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), que facultou a ida de Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, e Maurício Camisotti à comissão.
Segundo Viana, a presença dos dois investigados é considerada essencial para o avanço das apurações sobre fraudes em descontos ilegais de empréstimos consignados em aposentadorias e pensões. “Nós entendemos que é fundamental a presença dos dois indiciados, porque já estavam comprometidos a comparecer e eles, diante dos parlamentares, podem inclusive nos ajudar a esclarecer com muita rapidez tudo o que aconteceu”, afirmou.
Nessa sexta-feira (12), a Polícia Federal (PF) cumpriu mandados de prisão preventiva contra Antunes e Camisotti, no âmbito da Operação Cambota, que investiga a cobrança irregular de mensalidades associativas descontadas sem autorização dos beneficiários do INSS.
Embora tenha dito respeitar a decisão de Mendonça, o senador classificou a medida como “injustificável”. Para ele, a CPMI tem papel distinto das investigações policiais e precisa ouvir os investigados diretamente:
“Respeito a decisão do ministro, mas entendo injustificável dar o direito de não comparecerem, uma vez que estão presos e que tem muito a dizer a CPMI. O trabalho da Polícia Federal e do Supremo é muito diferente da CPMI”, declarou.
O senador acrescentou que espera uma revisão da decisão para que os depoimentos possam ocorrer já na próxima semana.
Autor(a): BZN