Economia

Caixa lança nova modalidade do Minha Casa, Minha Vida para classe média

06 MAI 2025

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Famílias com renda mensal de até R$ 12 mil já podem contratar a nova linha de crédito habitacional do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), voltada à classe média. A Caixa Econômica Federal iniciou nesta segunda-feira (5) a oferta da modalidade, batizada de Faixa 4, com juros nominais de 10% ao ano e prazo de financiamento de até 35 anos (420 meses).

Com aproximadamente 70% de participação no mercado de crédito imobiliário do país, a Caixa passou a operar a nova categoria após regulamentação do Conselho Monetário Nacional (CMN), na última quarta-feira (30). A medida definiu o uso de fontes alternativas de recursos além do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o que viabilizou a ampliação do programa.

A Faixa 4 permite financiar imóveis de até R$ 500 mil. Para unidades novas, é possível financiar até 80% do valor total. Já para imóveis usados, o percentual financiado é de até 60% nas regiões Sul e Sudeste, e permanece em 80% nas demais regiões do país.

Os financiamentos serão concedidos com recursos provenientes dos lucros e rendimentos do FGTS, bem como com fundos próprios dos bancos, como depósitos de poupança e Letras de Crédito Imobiliário (LCI).

Atualização das demais faixas

O governo também atualizou os parâmetros das faixas existentes do Minha Casa, Minha Vida. Os novos limites de renda e condições foram definidos pelo Conselho Curador do FGTS e pelo Ministério das Cidades:

Faixa 1: renda de até R$ 2.850 mensais, com subsídio de até 95% do valor do imóvel;

Faixa 2: renda de R$ 2.850,01 a R$ 4.700, com subsídio de até R$ 55 mil e juros reduzidos;

Faixa 3: renda de R$ 4.700,01 a R$ 8.600, sem subsídios, mas com condições facilitadas.

Na Faixa 3, imóveis de até R$ 350 mil podem ser financiados com taxa nominal de 8,16% ao ano, acrescida da Taxa Referencial (TR). Cotistas do FGTS têm desconto de 0,5 ponto percentual na taxa de juros, que pode chegar a 7,66% ao ano.

Famílias aptas às faixas 1 e 2 também podem optar por financiamento dentro da Faixa 3. Contudo, ao fazerem essa escolha, perdem o direito a subsídios, passando a seguir as condições da categoria mais alta.

Autor(a): BZN



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