Economia

Caixa abre linha de crédito para quem investir em projetos de energia renovável

09 NOV 2021

A Caixa lançou quatro linhas de crédito para empresas, pessoas físicas e agronegócio voltadas para projetos que promovam a utilização de energias renováveis, redução de insumos, resíduos e emissões de gases contra o efeito estufa.

Para pessoas físicas:

O crédito pessoal é destinado ao financiamento de sistemas de geração de energia elétrica fotovoltaica e custos de instalação para residências com taxas a partir de 1,17%. O novo produto estará disponível em breve nas agências do banco.

A adoção do sistema de geração de energia fotovoltaica residencial pode reduzir em até 95% o valor da tarifa mensal de consumo de energia. Além de um benefício social, a medida contribui para a sustentabilidade e preservação do meio ambiente com a geração de energia limpa e renovável.

O financiamento poderá ser de até 100% do projeto, limitado à capacidade financeira do cliente. O desembolso para pagamento dos equipamentos será diretamente ao fornecedor cliente Caixa. O prazo é de até 60 meses, com carência de até seis meses para o vencimento da primeira parcela. São duas modalidades: sem garantias ou com caução de aplicações financeiras de renda fixa.

Pessoas jurídicas:

Com o MPE Ecoeficiência, o empresário pode adquirir máquinas e equipamentos que reduzam a geração de resíduos e emissões, aumentando a eficiência no uso de matérias-primas e insumos, em especial de água e energia.

São financiáveis por esta modalidade de crédito máquinas e equipamentos novos com finalidade específica no processo produtivo da empresa, como por exemplo: sistema de minigeração de energia por fontes renováveis ou sistema de eficiência energética; sistema de aquecimento solar de água; sistema de redução de desperdício, reciclagem ou tratamento de insumos ou recursos naturais; controladores de filtragem de gases ou partículas, entre outros.

A linha de crédito financia até 100% do valor do bem adquirido que resulte no processo produtivo mais limpo, limitado à capacidade de pagamento da empresa. O cliente tem até seis meses de carência e até 54 meses de amortização, totalizando o prazo de até 60 meses para liquidação do empréstimo.

A linha de crédito possui taxas de juros a partir de 1,09% + TR ao mês. Para a segurança do investimento, é feita a alienação fiduciária dos próprios bens financiados, que devem ser segurados com apólices com cobertura total de danos físicos.

Setor agro:

A linha de crédito ABC (Agricultura de Baixo Carbono) é composta por sete programas, seis deles referentes às tecnologias de mitigação de gases de efeito estufa, e um com ações de adaptação às mudanças climáticas:

1. Recuperação de pastagens degradadas;
2. Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e Sistemas Agroflorestais (SAFs);
3. Sistema Plantio Direto (SPD);
4. Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN);
5. Florestas plantadas;
6. Tratamento de dejetos animais;
7. Adaptação às mudanças climáticas.

Os financiamentos contam com taxa de juros de 7% ao ano e prazo de até dez anos, com até cinco de carência, de acordo com o projeto apresentado. O limite de financiamento é de até R﹩ 5 milhões por empreendimento.

Os financiamentos do Inovagro (Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária do Governo Federal) contam com taxa de juros de 7% ao ano e prazo de até dez anos, com até três de carência, de acordo com o projeto apresentado.

O valor máximo do financiamento é de até R$ 1,3 milhão por empreendimento, podendo ser contratado por pessoa física ou jurídica (grande, médio e pequeno produtor de agricultura familiar).

Fundo de investimento ESG:

O produto é acessível a todos os cliente da Caixa, com aplicação mínima de apenas R$ 1, para promover a educação financeira e consciência socioambiental nos clientes do banco. A aplicação pode ser feita pelo Internet Banking, apps Caixa e Ações Online ou nas agências.

O fundo terá capacidade para gerir até R$ 3 bilhões em ativos globais ESG - ações de empresas brasileiras e estrangeiras via BDR reconhecidas por:

• cuidar do meio ambiente e que tenham projetos voltados à transição para a economia de baixo carbono ou que zeram sua pegada de CO2;
• praticar relações comerciais e de trabalho justas e com impacto social;
• apresentar rigorosos controles internos, transparência e ética nos negócios.

Autor(a): Eliana Lima



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