09 SET 2025
A vereadora Brisa Bracchi (PT) voltou a usar o nome da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) de forma indevida, dando a entender que a instituição teria oficializado apoio contra a sua cassação na Câmara Municipal de Natal.
Em suas divulgações, Brisa sugere que um manifesto teria sido lançado pela própria UFRN, quando, na realidade, trata-se de um documento assinado por nomes ligados à universidade, mas sem qualquer chancela oficial da instituição.
O problema se agrava pelo silêncio da própria UFRN, que, mesmo provocada pela reportagem da BZN, optou por não posicionar-se. Com isso, a instituição de ensino mais importante do Estado vê seu nome utilizado como escudo político em um processo delicado, sem reagir ao uso indevido de sua imagem.
Brisa responde a um processo de cassação justamente por ter destinado emenda parlamentar impositiva para financiar um evento de caráter político-partidário em comemoração à prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ainda assim, o manifesto divulgado por ela inclui a assinatura de nomes de peso ligados à universidade, como a ex-reitora Ângela Paiva e o neurocientista Siddhartha Ribeiro, ex-diretor do Instituto do Cérebro da UFRN.
O episódio revela não apenas uma estratégia arriscada de Brisa para tentar blindar-se politicamente, mas também uma falha institucional grave: ao se calar diante do uso político de sua marca, a UFRN passa a mensagem de que aceita ser instrumentalizada em disputas que em nada dizem respeito ao seu papel acadêmico e social.
Autor(a): BZN