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Brasil perde milionários e bilhões em investimentos; entenda os motivos da fuga

27 JUN 2025

Foto: BZN

A América Latina vive um fenômeno crescente de fuga de milionários, motivada por instabilidade política, carga tributária elevada e busca por maior segurança e qualidade de vida.

Estudo da consultoria britânica Henley & Partners revela que países como Brasil, México, Argentina, Colômbia e Chile enfrentam uma crescente saída de milionários. Em 2023, cerca de 128 mil pessoas com alto patrimônio líquido (HNWIs, na sigla em inglês) migraram globalmente, um volume recorde desde 2013.

O Brasil lidera as perdas, com cerca de 1,2 mil milionários saindo em 2023 e previsão de mais 800 em 2024, ocupando a 6ª posição no ranking mundial de saída desses perfis.

Principais motivos para a saída:

-Instabilidade política e econômica

-Elevados impostos sobre ganhos de capital e herança

-Busca por qualidade de vida, segurança, educação e saúde melhores

-Proteção do patrimônio diante da desvalorização cambial e regulação financeira mais rígida

Destinos preferenciais dos milionários latino-americanos: EUA, Portugal e Espanha, que oferecem programas de residência por investimento e fortes vínculos culturais. Austrália, Emirados Árabes Unidos, Singapura e Canadá também vêm ganhando espaço.

O Brasil, por exemplo, é um dos maiores fornecedores de clientes para os programas Golden Visa em Portugal e Espanha, facilitando a obtenção de cidadania nesses países.

Impactos da migração:

A saída dos milionários pode representar uma perda estimada em US$ 8,4 bilhões em capital para o Brasil em 2025, afetando a arrecadação de impostos e a demanda por serviços de alto padrão. Por outro lado, os países receptores tendem a atrair investimentos, movimentando setores imobiliários e financeiros.

O que esperar daqui para frente?

A tendência deve se manter enquanto persistirem fatores como instabilidade política e tributação alta. A concorrência entre países para atrair esse público por meio de programas de residência e cidadania por investimento deve intensificar-se. Para os países que conseguirem reter esses talentos, os ganhos podem refletir em inovação, empreendedorismo e empregos qualificados.

É. O brasil voltou!

Autor(a): BZN



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